sábado, 18 de outubro de 2008

TRABALHO SISTEMATIZADO COM O AMIGO MARION - DIALETICA MATERIALISTA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Sonia Ribas e Marion

A dialética materialista

1- Antes de definir o Fenômeno, do qual apresentaremos, creio ser necessário colocar que a Realidade é constituída de vários fenômenos, tanto materiais (q. estão fora da consciência) como espirituais (q. estão na consciência), estão ligados e relacionados a outros FM presentes na realidade objetiva.

Do campo teórico em estudo delimitamos a dialética materialista que constitui uma Totalidade, na qual apontaremos alguns aspectos que constitui essa abordagem.

a) A dialética é um dos tópicos mais discutidos do marxismo.
- Bernstein - é um absurdo
- Hegel, Engels, o marxismo soviético - a dialética é universalmente aplicável, à realidade natural, à social e ao pensamento;
- Lukács - dialética somente pode ser aplicada à história e ao mundo conceitual
- Hegel - a dialética idealista - o espírito absoluto, que é idéia, pensamento, o que se concretiza na natureza e na sociedade. É o espírito absoluto, em movimento, transformando-se o que origina o natural e o social.

b) Engels define a dialética como "a ciência das leis gerais do movimento e desenvolvimento da natureza, da sociedade e do pensamento humanos". Este conceito de dialética teve importância pro marxismo. Seguiu o pensamento hegeliano.
- ciências sociais estavam começando e as ciências da natureza alcançavam grande progresso (teoria da evolução de Darwin e a teoria celular)
- o positivismo de Comte e de seus discípulos, avançava em todo o mundo, com suas idéias de fazer do conhecimento científico a chave e símbolo do destino do homem.

c) Lukács e Sartre reduzem a dialética a uma análise, compreensão e interpretação da realidade humana. (Não haveria uma dialética da natureza, porque ategorias como contradição e negação só têm significado na esfera do humano) não negam que as ciências naturais como parte do mundo sócio-histórico, possam ser dialéticas


d) Tradicionalmente, a dialética entre os pensadores marxistas ê considerada:

1- como um método científico: a chamada dialética epistemológica.
2- como um conjunto de leis ou princípios que governam um setor ou a totalidade da realidade: a dialética ontológica.
3- como o movimento da história: dialética relacional.

No marxismo, o vocábulo ontologia entendida como o conjunto das leis mais gerais do ser. Etimologicamente, tem sua origem no grego ontos: ente, e em logos: doutrina, palavra.
- Durante a Idade Médiaesta foi entendida como "filosofia primeira", e assim era sinônima da palavra metafísica. Era um sistema de definições do ser, obtido por pura especulação.
- Mais tarde, a ontologia foi considerada como uma parte da metafísica, junto à gnoseologia e à axiologia.

- Para ter uma concepção epistemológica (teoria do conhecimento, gnoseológica, necessário possuir uma teoria de como está constituída a realidade
- Realidade para o marxismo é o conjunto de FM e FE em constante movimento, em perene transformação
- Realidade objetiva constituída pelos FM que estão fora de nossa consciência.
- Realidade subjetiva estaria formada pelo conteúdo de nossa consciência.

Dialética como movimento da história busca descobrir a essência dos fenômenos históricos através das contradições que eles apresentam, de suas transformações, das categorias e leis.

CATEGORIA
- É uma forma de conceito (é a forma mais elevada do pensamento);
- Nascem e renovam-se no desenvolvimento histórico do conhecimento e da pratica social;
- Reflete a essência comum dos FM; Todos os FM têm forma, conteúdo, qtidade, qlidade, essência, realidade, tempo, espaço, S,G, P, lei, possibilidade, causa efeito, contingente, necessário, essência, Fenômeno, fundamento, contradição, negação, movimento...)
- Filosóficas (universais- reflete a essência de todos FM)
- Cientificas – Se refere a um campo da realidade, (psicologia, sociologia, mercadoria, mais valia...)
- Empíricas – é um ordenamento das idéias ou fatos de acordo com a experiência, para desenvolver os estudos sob o ponto de vista científico e filosófico.. São criadas pelo pesquisador a posteriori.

Na Dialética Materialista a Categoria tem função:
- Função epistemológica ou gnosiológicas - Epistemologia, ou teoria do conhecimento, ou gnoseologia, estuda as interrelações do sujeito e do objeto que se originam no processo cognoscitivo, do ser humano frente ao mundo. (se parte de uma realidade em constante mudança ou se parte de uma realidade está fixa)
As categorias e leis refletem as leis do desenvolvimento do conhecimento, além de constituírem os pontos centrais, os graus e as formas de funcionamento e do desenvolvimento do processo de cognição (Cheptulin, p.2). Isto significa pensar com exatidão.

- Função ideológica - conhecimento das formas universais do ser e das relações universais das coisas (Cheptulin, p.2).

- metodológica - O conhecimento das categorias e leis da dialética : formulam os imperativos aos quais deve submeter a atividade do pensamento e a atividade prática. As categorias e leis são graus do desenvolvimento do conhecimento científico e da prática social. As categorias e leis estudam a essência dos fenômenos da realidade.



"O método dialético permite ao pensador dialético observar o processo pelo qual as categorias surgem uma das outras para formar totalidades cada vez mais inclusivas, até que se complete o sistema de categorias, noções ou formas, como um todo.

No curso desse processo, observa-se o famoso princípio da Aufhebung( superação): com o desdobramento da dialética, nenhum insight parcial se perde.

A dialética hegeliana progride de duas maneiras básicas: trazendo à luz o que está implícito, mas não foi articulado explicitamente numa idéia ou reparando alguma ausência, falta ou inadequação nela existente.

O pensamento dialético, em contraste com o "reflexivo" (ou analítico) , apreende as formas conceituais em suas interligações sistemáticas, e não apenas em suas diferenças determinadas, concebendo cada evolução como produto de uma fase anterior menos desenvolvida, cuja verdade ou realização necessária ela representa; de modo que há sempre uma tensão, uma ironia latente ou uma surpresa incipiente entre qualquer forma e o que ela é no processo de vir a ser.






Nenhum comentário: