CATEGORIA PRINCIPAL DO MATERIALISMO HISTORICO - MODO DE PRODUÇÃO

Modo de Produção

O modo de como as pessoas organizam sua vida material de sobrevivência e na produção de sua existência, esses estabelecem relações determinadas, necessárias independentes de sua vontade, relações de produção que correspondem a um determinado grau de desenvolvimento das forças produtivas materiais. O modo de produção da vida material ocndiciona o desenvolvimento da vida social.

E é nessa organização da sociedade que Marx utiliza o Materialismo Histórico para analisar, explicar e compreender a sociedade. Que o elemento essencial é o Modo de produção, que é a principal categoria, a categoria fundamental do materialismo histórico, mas também, como disse Engels, uma das criações mais geniais de Marx. Destacada por Wood (2003, p.31), quando expressa que o modo de produção é o “conceito mais operacional do materialismo histórico”.

Marx ao estudar o modo de produção capitalista inglês, se apropriou primeiramente do modo de produção atual, depois disso, buscou a origem e o desenvolvimento do capitalismo, desde a formação primitiva, antiga, feudal, ou seja, ele buscou na sociedade burguesa (mais desenvolvida) a base para estudar as sociedades anteriores. E Marx percebeu que em todas as outras organizações sociais havia trocas de mercadorias, e que no processo de produção desta, sempre há a força de trabalho, então o operário trabalhava para produzir uma mercadoria e esse valor de troca não correspondia ao valor do operário; a mercadoria tinha o trabalho não pago – a mais valia, esta foi a grande descoberta de Marx.

O modo de produção, é berço de toda a cultura da humanidade, do ser humano como ser pensante, com necessidades materiais, com necessidades espirituais, com esperanças, com desejos de chegar mais alto na compreensão do que é o ser humano, a vida, o mundo. Porque no modo de produção reside o básico da existência da mulher e do homem: a busca de maneiras de satisfazer suas necessidades de existir, de sobreviver, e ao mesmo de criar, de transformar a realidade que lhe dá abrigo. (Colao, 2004, p.13)

No modo de produção estão os elementos essenciais: as forças produtivas e as relações de produção.

As Relações de Produção RP é o conjunto de relações que o Homem estabelece entre si na produção e reprodução material dos bens necessários a nossa existência. (Elementos como: a relações de trabalho, de propriedade, de troca ou distribuição de mercadorias).

As Forças Produtivas FP é o conjunto de elementos articulados dinamicamente que compõem o processo de trabalho e revelam o grau de desenvolvimento técnico do domínio do homem sobre a natureza, ou seja, capacidade técnica, socialmente configurada, de manipular a matéria para produzir mercadorias necessárias a sua sobrevivência. As FP constituem: a força de trabalho (homem), e os meios de produção (objetos de trabalho e os meios de produção).

Wood (2003) fala na pág. 125, analisa que a contradição entre as FP e as RP, bebendo em Marx, ela coloca que o fator critico para explicar essa contradição é o processo histórico de divorciar o produtor dos meios de produção, em particular o processo pelo qual os produtores camponeses foram apropriados de sua terra. Esse fato ao explicar como e porque ocorreu , mostra como os imperativos capitalistas revolucionaram as F. Materiais de produção.

Os meios de produção pode se dizer que é tudo que o homem emprega para originar bens materiais (maquinas, ferramentas, energia, o Homem - o principal).

No processo de desenvolvimento da sociedade os meios de produção foram passando ao longo da historia:

No inicio os meios de produção pertenciam a toda a sociedade, forma de produção era coletiva, a produção era compartilhada, não tinha o excedente, não usava lucro, muito menos classe.

Com a evolução social os meios de produção passaram a ser propriedade de alguém, com o inicio da produção excedente, alguns produtores passam a acumular lucros, que compram mais terras, tecnologias, assim o capitalista passa a ser o detentor desses meios.

Capitalista obtém a propriedade privada desses meios ao mesmo tempo em que compra dos trabalhadores o único bem que lhe resta, e que pode ser comercializado, a força de trabalho.

Marx coloca que os meios de produção produzidos são em si de natureza capital, como o objetivo de gerar mais capital. O capital não é uma coisa, são os meios de produção convertidos em capital.

O capital não inventou o trabalho excedente, a mais valia., mas a produção da mais vali só ocorre se a Força de trabalho junto aos meios de produção pagarem e ultrapassarem os gastos de fabrica ou da empresa.

O processo de trabalho gera um produto com um valor de uso (que é determinado pelo capitalista - que já está embutido o salário do homem, tecnologias, matéria prima). O valor de uso é determinado pelo tipo de trabalho socialmente necessário para produzi-lo.

Quando o capitalista vende a mercadoria pelo valor de uso, já retira a mais valia. Por quê? Por que ela se dá pelo trabalho não pago, o excedente. O capitalista ganah nessas horas que são aumentadas pela jornada de trabalho. (mais valia absoluta) ou quando diminui otempo do trabalhador socialmente necessario para produzir, ou seja, ao uamento da produção com a tecnlogia, no memso tempo de trabalho do trabalhador. (mais valia relativa).

Vejamos o processo de trabalho:






Força de Trabalho (energia vital do homem)



Processo
Objeto de Trabalho de Produto do Trabalho
(elementos da natureza) trabalho (valor-de-uso)



Meios de Trabalho
(ferramentas, tecnologias)